Data de publicação: 23-04-2013 00:00:00

Julgamento de Bola prossegue e testemunha de acusação diz que sofre ameaças

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Foto: Divulgação

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Nessa terça-feira (23), segundo dia de julgamento do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, acusado de matar Eliza Samudio e ocultar o cadáver dela, foi ouvido o detento, Jaílson Alves de Oliveira, que confirmou a versão de que Bola jogou \"cinzas de Eliza às águas\".

Depoimento

O presidiário Jaílson Alves de Oliveira, testemunha de acusação no Caso Eliza Samudio, disse, que sofre ameaças “quase todos os dias” desde que depôs contra o ex-policial Bola.

\"Eu fui ameaçado por policiais e minha esposa jogada no chão para que me retratasse\", disse.

Segundo Jaílson, ele foi ameaçado por “Gilson” e “Zezé”, em julho de 2012, no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Belo Horizonte.

O advogado José Arteiro, assistente de acusação, disse: \"O depoimento do Jaílson hoje vai ser decisivo. Ele vai contar como a Eliza foi morta. Ontem a defesa só deu tiro no pé\", ironizou.

Oliveira confirmou que Bola teria queimado Eliza em pneus e as cinzas do corpo, jogadas em uma lagoa.

Ele falou ter ouvido a confissão de Bola sobre o crime e repetiu a expressão dita por Bola \"só se os peixes falarem\" para se referir à dificuldade em localizar o corpo de Eliza.

Primeiro dia do julgamento

A juíza Marixa Fabiane Lopes encerrou a sessão desta segunda-feira (22) por volta das 22h30 no primeiro dia de julgamento do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, acusado de matar e ocultar o cadáver de Eliza Samudio – ex-amante do goleiro Bruno Fernandes – após

Durante depoimento de cerca de seis horas como informante a pedido da defesa, a Delegada Ana Maria Santos, afirmou que Jorge Luiz Rosa, primo do goleiro Bruno Fernandes, na época, adolescente, disse que o executor de Eliza seria branco, \"patolinha\", com falhas nos dentes e responderia pelo apelido de Neném.

Segundo a delegada, por medo do executor de Eliza, Jorge mudou a descrição do executor de Eliza no depoimento no Rio de Janeiro, dizendo que era pessoa \"alta e negra\" e conteve o choro ao falar do momento da execução.

Para a delegada Jorge estava tranquilo e lúcido no depoimento, transmitiu muita credibilidade e foi bastante detalhista.

O advogado de Bola, Ércio Quaresma, questionou a delegada sobre a investigação policial e o trabalho da Polícia Civil. Por que não foi indiciamento o policial civil aposentado José Lauriano de Assis Filho, mais conhecido como Zezé, também investigado pelo Ministério Público por participação no crime? Segundo Ana Maria os elementos não eram suficientes para indiciar Zezé. Segurando o relatório do inquérito, o advogado disse: \"Isso aqui foi fraude, nós vamos provar\".

A juíza Marixa Fabiane indeferiu pedidos da defesa para desconsiderar a certidão de óbito de Eliza Samudio e de adiamento do julgamento pela ausência de duas testemunhas: a delegada Alessandra Wilke e de Jorge Luiz Rosa, primo de Bruno.

Os três filhos e a mulher de Bola acompanharam a sessão no Tribunal do Júri de Contagem. O réu aguardava em uma cela no fórum e não foi chamado pela juíza Marixa Fabiane Rodrigues, que preside o júri.

O início dos trabalhos também foi marcado pela ausência de uma testemunha, José Cleves, que precisou ser localizada por um oficial de Justiça. A juíza determinou que ele fosse buscado em casa e considerou a falta como \"um absurdo\".

Júri

Sete jurados vão decidir o destino Bola está preso desde 2010, acusado de ser o executor de Eliza. A propriedade do acusado, em Vespasiano (MG), foi vasculhada pela policia a procura do corpo da vítima.

O ex-policial ainda responde pelo desaparecimento, tortura e morte de duas pessoas, em Esmeraldas (MG), em 2008, e pelo assassinato de um homem em 2009, em Belo Horizonte.

Em novembro de 2012, ele foi absolvido, da acusação de ter assassinado um carcereiro no ano 2000, em Contagem.

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