Foto: Divulgação/goiana.pe.gov.br
¹Isamara G. M Coura
²Luciani Dalmaschio
O Brasil tem se tornado um país diferente, isso ninguém pode negar. O país que vivia com as constantes trocas de moedas e com a loucura de inflações que passavam de 200% ao ano, chegou ao final de 2012, conforme divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com 5,84% e a previsão para esse ano, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 5,80% para 5,83%, de acordo com a pesquisa Focus publicada em junho.
Além desses fatos acima citados, a população brasileira também mudou. Houve um considerável aumento do número de pessoas que passaram a pertencer a classe média, a chamada Classe C. O país vem crescendo, gerando empregos e mudando a condição financeira de seu povo. Mas com a nova condição social, essas pessoas começam a querer mais.
O título do texto apresenta uma ambigüidade proposital uma vez que temos reivindicações para um novo Brasil que surge com uma nova cara por conta de sua constituição econômica e social atual, mas também porque essa nova classe média percebe que necessita de um novo Brasil com reformas ainda mais amplas.
Esse novo Brasil deveria garantir a essa classe, que sabe dos impostos que paga, maiores garantias sociais como educação e saúde de qualidade e segurança. Princípios básicos de uma constituição embasada no liberalismo que prega a obrigação do Estado em garantir os três direitos naturais: a vida, a liberdade e a propriedade.
O sociólogo Boa Ventura de Souza Santos, em entrevista publicada no site do Deutsche Welle (DW) no dia 09 de julho, afirmou que a saída para as reinvidicações passam por uma reforma política profunda, ele afirma que “Fica evidente que há medidas de emergência que têm de ser tomadas, mas nada disso é possível se não houver uma reforma política profunda, porque neste momento todo o sistema político tende a perverter e a inverter as suas prioridades.”
A população tem tomado consciência de seus direitos seja a partir da ampliação do acesso à educação, como por exemplo, por programas como o Programa Universidade para Todos – Prouni, como também pelo acesso às informações por meio das mídias diversas, mas especialmente pela internet.
Aos poucos vemos um país com pessoas mais esclarecidas. A esperança é que em breve teremos um povo que conheça realmente a Constituição de seu país, seus direitos e deveres. Enfim, que a população brasileira seja realmente cidadã desse novo país que se reivindica.
¹Formada em História e Mestre em Educação pela UFMG. Professora da Nova Faculdade e Faculdade Pitágoras Betim.
²Formada em Letras e Doutora em Linguística pela UFMG. Professora da Nova Faculdade.