Foto: Divulgação
¹Cristina Cheib
²Ricardo Ferreira Medeiros
³Vilmar de Carvalho Vilaça
O acesso e exploração das novas tecnologias de informação e comunicação (TICs) já participam de boa parte da rotina das pessoas. Com os jovens isso não é diferente. Aproximar esses recursos da sala de aula pode ser uma importante e premente iniciativa das escolas. Nesse sentido, pode-se afirmar que não são os alunos que devem ser incluídos e, talvez, iniciados tecnologicamente e, sim, a escola e seu corpo docente.
Essa inclusão passaria, necessariamente, pela aceitação de que dominar as diversas linguagens tecnológicas nos ambientes escolares é o que garantirá uma comunicação mais fina e harmônica, além de produtiva, entre professores e alunos.
O professor não deve mais se colocar na posição daquele que detém todo o conhecimento, pois seu público não está mais disposto a se colocar de forma passiva, aguardando que informações cheguem a revelia, desconexas e descontextualizadas. Aliás, informação em ambiente escolar é o que menos tem sido buscado pelos adolescentes, não da forma como a escola insiste em oferecer.
A escola ainda se configura como um importante espaço de socialização – ali as redes também funcionam - mas não tem sido tão atrativa e eficaz em despertar nos educandos o interesse para o que lhes é oferecido, por exemplo, dentro das amarras de uma grade curricular que, via de regra, não considera a presença efetiva do aluno e muito menos suas potencialidades educativas.
O distanciamento que ainda se verifica entre o que é feito e o que pode ser feito pela escola, considerando os mais variados recursos tecnológicos da informação e da comunicação, precisa ser diminuído a fim de que se possa melhor aproveitar algumas virtudes dos alunos que ainda, ou são desconhecidas ou têm sido desprezadas dentro dos ambientes escolares.
Os benefícios que poderiam ser observados a partir de uma melhor exploração, dentro da sala de aula, dos recursos oferecidos pelas novas tecnologias de informação e comunicação, certamente, são bem significativos.
Atuando como mediador consciente entre os recursos oferecidos pelas novas tecnologias e seus alunos, o professor poderia tornar todo esse processo mais interessante e produtivo. A possibilidade de aliar o que os jovens já conhecem das novas tecnologias de comunicação e informação com os conteúdos trabalhados em sala de aula pode ser um importante mecanismo para dinamizar o processo de ensino e aprendizagem.
No momento em que se considerar o componente tecnológico como importante aliado na formação dos alunos é possível que todas as estruturas atinentes ao ambiente escolar sofram positivas alterações. A escola passaria, então, a contar com alunos mais autônomos – situação tão desejável em um contexto social dinâmico e competitivo; os alunos lidariam, de forma mais contextualizada e prazerosa, com os conteúdos que a escola considera importantes para seu desenvolvimento escolar e; por fim, os professores, que não mais carregariam o “fardo” de se colocarem com artífices na construção do conhecimento do outro e desempenhariam a salutar função de organizadores e mediadores das informações, dos conhecimentos e dos saberes circulantes na escola.
¹Mestre em Educação; Professora de Regime Parcial e Coordenadora do Núcleo de Extensão da Nova Faculdade; Contagem; Minas Gerais; Brasil.
²Especialista em Metodologia de Ensino da Matemática; Professor de Regime Parcial e Coordenador dos Cursos de Administração e Ciências Contábeis; Contagem; Minas Gerais; Brasil.
³Especialista em Aprendizagem Cooperativa – UCB Brasília; Mestrando em Educação – PUC Minas e Coordenador do Núcleo de Extensão da Nova Faculdade; Contagem; Minas Gerais; Brasil;