Data de publicação: 21-05-2014 00:00:00

Servidores da saúde de Contagem estão em estado de greve

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Foto: Robson Rodrigues
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Os trabalhadores da saúde de Contagem fizeram, nesta terça feira (20), uma paralisação de advertência de 24 horas. Novamente, a porta da Prefeitura foi palco de uma grande manifestação de trabalhadores insatisfeitos. Os servidores ficaram nas escadarias da prefeitura com cartazes, faixas, apitos, cantando e gritando palavras de ordens. 

Segundo a diretora do Sind-Saúde, Maria de Fátima Oliveira, a falta de comunicação por parte da prefeitura deflagrou a greve. “Há 40 dias enviamos a pauta de reivindicações para o governo e nenhum contato foi feito até hoje. O prefeito trata a saúde e os trabalhadores como seres invisíveis, uma falta de respeito com a categoria e com a população”.

A representante dos trabalhadores da saúde confirma a precariedade do atendimento da UPA JK. Segundo ela, o problema vem do governo passado e continua no atual governo. “A UPA JK é conhecida como um depósito de doentes. Foi assim na administração da prefeita Marília Campos e é a mesma coisa no governo Carlin Moura”, afirma Oliveira.

Em 2013, foram 23 dias de greve da saúde. O Sind-Saúde informa que se a paralisação de 24 horas não abrir as negociações, será feito uma paralisação de 72 horas e se for necessário, greve.

Os trabalhadores afirmam que até o cartão alimentação não atende bem às necessidades. O cartão é aceito somente em Contagem e dificulta a vida dos servidores. “Queremos um cartão que seja aceito em toda região metropolitana. Muitos professores moram fora de Contagem e o governo sabe disso”, reclama Andréia Nascimento Cruz.

Trabalhadores insatisfeitos fazem denúncias graves ao governo

O assédio moral é uma das reclamações mais recorrentes. “Fui transferido da unidade 15 por causa de uma gestora despreparada para o cargo. O interessante é que fizemos uma pesquisa na internet e ela aparece como doadora de vinte mil reais para a campanha do atual prefeito. Deduzimos então, que ela comprou o cargo que ocupa”, denuncia Alexandre Mendes dos Santos, superintendência de Gestão do Trabalho do município de Contagem.

Outro servidor que disse estar arrependido de ter participado da campanha eleitoral intitulada “Onda Verde” reclama das más condições de trabalho. “Arrependi e se eu pudesse morreria, viveria e morreria de novo para me redimir. Tenho vergonha de ter enfrentado a tudo e a todos na esperança que fosse melhorar. Mas me enganei e hoje continuo com o péssimo salário de sempre”, relata Paulo Martinho.

Nota da Prefeitura de Contagem

Segundo nota divulgada pela Prefeitura de Contagem, representantes da Secretaria Municipal de Saúde e da Secretaria Municipal de Governo receberam das mãos da diretora do Sind-Saúde Contagem a pauta de reivindicações para a campanha salarial. No encontro, foram debatidos todos os itens apresentados pelo sindicato e a primeira reunião da rodada de negociação foi marcada para esta quarta-feira (21).

Ainda em nota, a prefeitura afirma que mesmo com a paralisação, os atendimentos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s) e o Hospital Municipal de Contagem funcionaram normalmente.

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