Fotos: Robson Rodrigues
No início da tarde desse domingo (8), por volta das 12h30, três atiradores descarregaram suas armas em três moradores da Vila Itambé, próximo a praça da Cemig.
Segundo o Tenente PM Nilton, os atiradores seriam três rapazes jovens que chegaram em um Gol vermelho que desceram atirando nas vítimas que estavam encostados no muro conversando.
Dois rapazes foram mortos ali mesmo com vários tiros e a terceira vítima correu, mas foi alcançada e morta com vários tiros de pistola 380.
Tenente Nilton disse que os crimes tem características de vingança, já que todos foram baleadas na nuca. As vítimas são: Neon Nunes Júnior, 25 anos, Claudinei Gonçalves da Silva, 30 anos e um rapaz conhecido como Ruan, sem identificação.
Conforme o tenente, os dois homens identificados não têm passagens na polícia e trabalhavam com carteira assinada. Até então, pessoas de bem.
“Os moradores relataram que a ação foi muito rápida e não foi possível identificar nenhum dos atiradores. Somente os parentes das vítimas falaram e confirmaram a hipótese de vingança entre famílias que moram na vila. Um dos parentes das vítimas está preso por causa de outro tiroteio acontecido recentemente”, conta.
No dia 10 de maio, um rapaz foi baleado dentro de um Fiat Punto, em frente do Mercado Central de Contagem.
Na ocorrência, os atiradores estavam em uma moto, perseguiram o veículo da Vila Itambé até o mercado. Na fuga, depois de dezenas de tiros, o piloto e o garupa da moto bateram violentamente em um Fiorino. O piloto ficou bastante ferido e o garupa tentou fugir, mas foi preso pela PM.
O Sargento PM Júnior, que fez a ocorrência do tiroteio de maio, e também estava presente na ocorrência de hoje na Vila Itambé, alertou aos investigadores sobre a ligação dos dois crimes.
“Quando cheguei percebi que a família que chorava pelos mortos era a mesma que estava no tiroteio do Mercado Central. Por isso permaneci no local para ajudar nas investigações”, relata o PM da Cia de Operações Especiais.
Os morados da vila acompanharam o recolhimento dos corpos, mas em silêncio. Somente o choro dos parentes das vítimas foi ouvido.
A Polícia Civil permaneceu no local colhendo informações e recolhendo as cápsulas deflagradas, cerca de 20 tiros disparados, conforme investigações preliminares.
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