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¹Luiz Cláudio Oliveira Alves de Souza
²Cirleide Imaculada Ribeiro
³Flavia Vanessa Lara
O botulismo é uma doença alimentar, não contagiosa e de alta letalidade. Sua distribuição é mundial, podendo ocorrer em forma de surtos esporádicos ou em um único indivíduo a partir de neurotoxinas pré-formadas pela bactéria Clostridium botulinum.
A doença é originada a partir de neurotoxinas proteicas termosensíveis ou termolábeis produzidas pela bactéria Clostridium botulinum, podendo existir três formas de contaminação conhecidas no homem, sendo elas: botulismo alimentar, botulismo por ferida e botulismo intestinal ou infantil.
A principal forma de contaminação ocorre pela ingestão de alimentos contaminados pelas toxinas bacterianas como: enlatados, salsichas, salames, patês, mel (crianças de até 2 anos), etc.
Apesar de se apresentar em três formas distintas, o botulismo se manifesta da mesma forma clínica, sendo os principais sintomas da doença tonteiras, visão turva, paresia, fraqueza e paralisia de vários músculos, podendo evoluir para parada respiratória, uma vez que a neurotoxina botulínica irá bloquear a liberação do neurotransmissor acetilcolina.
O tratamento do Botulismo é feito através do uso do Soro Antibotulismo (SAB) em forma bivalente ou trivalente que irá se ligar a todas neurotoxinas livres no organismo, mas como na maioria das vezes a doenças é diagnosticada tardiamente o SAB não irá ter seu efeito desejado, sendo assim necessário o uso de tratamentos suporte como traqueostomia, lavagem gastrointestinal e terapia com metronidazol ou penicilina.
As medidas de controle da doença podem ocorrer através do processamento térmico adequado dos alimentos enlatados e alimentos originados de outros processos como salga, secagem, fermentação, acidificação e conserva - sendo necessário e de grande importância para a prevenção das boas práticas de higiene e armazenamento.
¹²Graduandos de Farmácia da Nova Faculdade
³Professora de Microbiologia da Nova Faculdade