Data de publicação: 23-12-2014 00:00:00

O que fazer diante da alta do dólar?

B&D Contabilidade
Foto: Divulgação
Reinaldo Domingos¹

O dólar vem passando por um período de alta de preços. Ontem, a moeda norteamericana fechou valorizada em 0,13%, chegando a R$ 2,6608 na venda, após subir 0,27% na máxima (R$ 2,6646) e cair 0,48% na mínima (R$ 2,6446). Com a forte alta da moeda americana, os reflexos em nossa economia são diretos e, por isso, os consumidores brasileiros devem tomar cuidado com as compras e viagens, mesmo as que já estavam programadas.
 
Para as empresas e indústrias nacionais, principalmente as exportadoras, a alta pode ser positiva, pois favorece a competitividade das vendas externas, tornando-as mais baratas. Porém, para as empresas que importam, o custo só aumenta, consequência disso é o repasse para os produtos e os consumidores é que pagam a conta.
 
Assim, o reflexo para a população é grande, os preços que já estavam subindo pelo aumento da inflação, acabam sendo influenciados também pelo aumento do dólar, impulsionando ainda mais a alta de preços.
 
Caso tenha planejado comprar algum produto importado, recomendo ficar atento e acompanhar a variação dos preços; caso não tenha urgência na compra, é interessante esperar, até que a moeda abaixe e se estabilize.
 
Outro cuidado é com as compras externas por cartão de crédito, que, além do custo do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), também pagará mais pelo aumento na cotação do dólar. O caminho é evitar a compra a prazo com variação em dólar e, se possível, comprar somente à vista.
 
Para quem já havia planejado as férias para o exterior, é preciso muita atenção e, para tanto, oriento a aquisição de um cartão pré-pago internacional, no qual já carregará em dólar aqui no Brasil para utilização na viagem. Lembro que esta atitude, certamente, evitará surpresas após retorno das férias, além da segurança que o mesmo proporciona. Também recomendo levar dinheiro em espécie, de 20% a 30% do total, nada de exageros. Conversar com a família é o segredo.
 
Nada de pânico e desespero, é preciso elaborar um orçamento financeiro que contemple os gastos da viagem e, para não ter surpresa, tenha sempre 40% a mais de reserva para as férias. Caso não tenha planejado a viagem internacional, evitar fazê-la nesse momento pode ser a melhor solução.
 
Combater este problema é dever sim do governo, mas passa também pela mudança de hábitos e costumes dos consumidores, tudo começa em casa, portanto é hora de faxina financeira, tentar trocar os produtos que aumentam com a alta do dólar e eliminar o que não agrega valor em prol de uma saúde financeira que contribua na realização de nossos sonhos.

¹educador financeiro, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) e da DSOP Educação Financeira. Autor dos livros Terapia Financeira, Eu mereço ter dinheiro, Livre-se das Dívidas, Ter Dinheiro Não Tem Segredo, das coleções infantis O Menino do Dinheiro e O Menino e o Dinheiro, além da coleção didática de educação financeira para o Ensino Básico, adotada em diversas escolas do país.
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