Data de publicação: 28-01-2015 00:00:00

Fabiana Claudino é vítima de racismo durante partida

Jornal Diário de Contagem On-Line
Foto: Willian Augusto 
 
A central Fabiana Claudino, do Sesi-SP e da seleção brasileira, acusou um torcedor de racismo na partida contra o Minas, nessa terça-feira (27), pela Superliga feminina, que foi realizada no ginásio do Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte. Segundo a atleta, um homem a chamou de "macaca" e perguntou se ela "queria banana". 

O Minas venceu o Sesi por 3 sets a 1. Fabiana anotou 19 pontos, terminando como maior pontuadora do duelo, que foi válido pela 4ª rodada do returno da Superliga.

Em suas redes sociais, a capitã da seleção brasileira, que é mineira, desabafou e exigiu o fim das manifestações de ódio e da intolerância.

Texto da Fabiana na íntegra

"Vivenciar isso é difícil e duro!Vivenciar isso na minha terra, torna tudo pior! Ontem durante o jogo contra o Minas, um senhor disparava uma metralhadora de insultos racistas em minha direção. Era macaca quer banana, macaca joga banana, entre outras ofensas. Esse tipo de ignorância me atingiu especialmente, porque meus familiares estavam assistindo a partida. Ele foi prontamente retirado do ginásio pela direção do Minas Tênis Clube e encaminhado à delegacia. Agradeço a atitude do Minas, em não ser conivente com esse absurdo. Clube este, onde comecei a minha história e onde até hoje tenho pessoas queridas. Refleti muito sobre divulgar ou não, mas penso que falar sobre o racismo ajuda a colocar em discussão o mundo em que vivemos e queremos para nossos filhos. Eu não preciso ser respeitada por ser bicampeã olímpica ou por títulos que conquistei, isso é besteira! Eu exijo respeito por ser Fabiana Marcelino Claudino, cidadã, um ser humano. A realidade me mostra que não fui a primeira e nem serei a última a sofrer atos racistas, mas jamais poderia me omitir. Não cabe mais tolerarmos preconceitos em pleno século XXI. A esse senhor, lamento profundamente que ache que as chicotadas que nossos antepassados levaram há séculos, não serviriam hoje para que nunca mais um negro se subjugue à mão pesada de qualquer outra cor de pele. Basta de ódio! Chega de intolerância!"
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