Data de publicação: 29-09-2015 00:00:00

Em Contagem, sobrevivente do Holocausto conta os horrores da guerra

Lava Jato Dias
Foto: latercera

Nanette Blitz Konig passa por Contagem e vai relembrar os encontros com a amiga alemã de origem judaica, Anne Frank, que morreu aos 15 anos em um campo de concentração.

Os dois dias de visita inclui encontro com estudantes, homenagem e lançamento de livro. Nanette contará a todos um pouco o que foi o "horror" da Segunda Guerra Mundial e a perseguição do nazismo aos judeus.

Na quarta-feira (30), das 15 às 17 horas, ela participa de colóquio com estudantes e educadores de escolas da Rede Municipal de Ensino e da Fundação do Ensino de Contagem (Funec). Em um shopping na região da Ressaca, ela lançará o livro “Memórias do Holocausto”.

Na quinta-feira (1º/10), entre 9 e 11 horas, Nanette Konig será homenageada na Câmara dos Vereadores. À noite, a partir das 19 horas, ela participa de uma roda de conversa com estudantes da Funec e da Educação de Jovens e Adultos (EJA), no auditório da sede administrativa da Funec, no bairro Eldorado.

Biografia

Nanette Blitz Konig nasceu em 6 de abril de 1929, em Amsterdã, Holanda. Sua família era de origem judia e seu pai trabalhava no Banco de Amsterdã. Tinham uma vida normal até o desencadear da Segunda Guerra Mundial.

A partir de maio de 1940, a Holanda é ocupada pelo exército alemão e os nazistas começam a perseguir os judeus. No início de outubro de 1941, os alunos judeus têm que frequentar escolas separadas dos outros e é nessa ocasião que Nanette torna-se colega de classe de Anne Frank, no Liceu Judaico.

Em setembro de 1943, a família Blitz é presa e levada para o campo de transição de Westerbork. Em 15 de fevereiro de 1944, Nanette, seus pais e seu irmão são deportados para o campo de concentração de Bergen-Belsen. Neste campo, a família Blitz é enviada para uma parte conhecida como “Sternlager”, onde, às vezes, prisioneiros comuns eram trocados por soldados alemães prisioneiros.

Em janeiro de 1945, Nanette é enviada para outra parte do campo de Bergen-Belsen, conhecida como campo pequeno para mulheres. De lá, ela vê Anne no campo grande de mulheres, através da cerca de arame farpado. Estes dois campos tornam-se um só, depois que a cerca de arame farpado é retirada, em fevereiro de 1945.

No final de novembro de 1944, o pai de Nanette morre de exaustão e doenças. No início de dezembro, o irmão de Nanette e sua mãe são transferidos de Bergen-Belsen e ela permanece lá sozinha.

Sua mãe morre no trem cinco dias depois que parte do campo de concentração Beendorf. O irmão dela morre no campo de concentração de Oranienburg.

Nanette sobrevive a Bergen- Belsen e é salva pelo major britânico Leonardo Berney, hoje com 93 anos. Depois da guerra, ela passou três anos hospitalizada por ter contraído tifo, doença que matou Anne Frank. Nesta época, ela recebe de Otto Frank um exemplar do livro escrito por Anne Frank - “Het Achterhuis”(O Anexo Secreto).

Quando se recuperou, foi morar na Inglaterra, onde conheceu o atual marido, John Konig, que é húngaro. Em 1953, os dois se casaram e mudaram para o Brasil logo em seguida. Ela e John têm três filhos, seis netos e quatro bisnetos. Nanette hoje segue dando palestras e falando sobre o Holocausto pelo mundo.

Fonte: PMC
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