Foto: Camila Martucheli
Na última terça-feira (23), a categoria dos trabalhadores da educação de Contagem se reuniu para a primeira assembleia do ano com paralisação total do serviço. A pauta vai ser protocolada por representantes da categoria nesta quinta-feira (25), às 14h.
Como um ato de repúdio, ainda nesta quinta-feira, a categoria vai participar do lançamento do evento da prefeitura, Cidade da Aprendizagem. Além disso, também vão aderir à Greve Nacional, nos dias 15, 16 e 17 de março.
O objetivo da assembleia foi debater e aprovar a pauta de reivindicações da Campanha Salarial de 2016 que tem como mote salário, carreira e fim das terceirizações.
Centenas de trabalhadores da educação lotaram o auditório da Escola Municipal Heitor Villa Lobos, no bairro Inconfidentes. O ato foi organizado pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação – Sind-Ute Contagem.
Os trabalhadores da educação não tiveram reajuste salarial em 2015 e exigem reajuste de 13,01%, correspondentes ao ano passado, com o acréscimo de 11,36%, para este ano. O reajuste vale para todos do quadro único da educação, tendo como referência a correção do Piso Salarial Profissional Nacional – PSPN.
“Estamos mobilizados e a luta recomeça com força total. A crise econômica se agrava e os ataques dos governos são cada vez mais intensos, jogando em nossas costas o preço da crise enquanto salvam os grandes empresários”, declarou a diretoria do Sind-Ute Contagem.
Também são destacados os problemas salariais, os trabalhadores em educação também sofrem com a violência nas escolas, com a infraestrutura ruim e com a falta de professores.
“Acreditamos que a educação tem grande participação no crescimento de nosso país e, por isso, precisamos lutar para que nosso trabalho seja valorizado, pois ele tem valor financeiro, social e histórico”, destacou Sueli da Rocha, professora da rede.
Reuniões da categoria
No próximo dia 4 de março, às 14 h, vai ser realizada uma nova assembleia com indicativo de greve, em local ainda a ser definido. De acordo com o Sind-Ute, a categoria está disposta a radicalizar o movimento, caso a prefeitura não atenda a pauta de reivindicações.
Em breve, ainda será agendada uma assembleia para discutir os problemas da educação infantil.