Superintendente de Desenvolvimento do Ensino Médio da SEE, Cecília Resende

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Para diminuir a evasão escolar e atrair novamente os alunos das turmas do ensino médio noturno de Minas Gerais às salas de aula, a Secretaria Estadual de Educação (SEE) está adotando, neste ano, uma política de valorização educacional. Com uma proposta diferenciada, a pasta quer focar, também, no mercado de trabalho.

Até hoje, o encerramento de turmas vinha sendo justificado pela falta de demanda nas instituições de ensino. No ano passado, a secretaria deu início, então, a um mapeamento do perfil dos alunos do turno da noite.

A conclusão foi a existência de três grupos: o de alunos de 14, 15 anos cujas famílias precisam da ajuda deles como fonte de renda em casa; o de alunos que fazem estágio durante o dia; e, por fim, o de alunos já inseridos no mercado de trabalho (formal ou informalmente).

A partir desse levantamento, a SEE propôs uma nova abordagem. "Entendemos que o aluno que chegou à escola e não encontrou um diálogo dentro de seu contexto social acabou se evadindo. Era preciso criar uma metodologia que possibilitasse ele trazer as perguntas de onde vem, para que elas fossem tratadas pelas áreas de conhecimento dentro da escola”, afirma a superintendente de Desenvolvimento do Ensino Médio da secretaria, Cecília Resende.

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Uma das mudanças propostas pela pasta foi a criação da disciplina “Diversidade para o mundo do trabalho”, ministrada por três ou mais professores.

Dentro dessa nova abordagem, o Centro de Integração Empresa-Escola de Minas Gerais (CIEE/MG) será parceiro das escolas. “A instituição oferece oportunidades de estágio para alunos da rede estadual e, por atuar em todo o território mineiro, pode nos fornecer o feedeback das necessidades do mercado de trabalho regionalmente. As demandas da grande Belo Horizonte são diferentes das do Norte de Minas ou do Triângulo Mineiro”, avalia Cecília.

De acordo com a superintendente, a integração será de extrema importância para que os jovens possam ir além da teoria.