Data de publicação: 12-04-2016 00:00:00

Clube Havanna publica nota de esclarecimento sobre morte de cliente

Centro de Integração Empresa Escola de Minas Gerais -  CIEE
Foto: Google Street View

Na tarde desta terça-feira (12), quatro dias após a morte de Cristiano Guimarães, de 22 anos, na porta do Clube Havanna, no bairro Eldorado, a casa noturna publicou, na página do Facebook, uma nota de esclarecimento sobre o crime cometido por policiais militares.

No texto, o estabelecimento lamenta “profundamente o acontecido” na cidade e afirma que a briga que resultou na morte do jovem ocorreu do lado de fora, “nos arredores da boate”.  A nota ressalta, ainda, que a ação dos agressores foi rápida, “durou cerca de 20 segundos”. (Leia a nota na íntegra ao final da matéria)

A publicação do Clube Havanna, no entanto, causou mais polêmica em torno do caso. Seguidores da página, parentes e amigos da vítima manifestaram indignação com o posicionamento da casa noturna, questionando a demora em se pronunciar e a falta de ação dos seguranças que, segundo eles, não teriam tentado impedir que Guimarães fosse espancado até a morte.

“Quantos dias para fazer uma nota? Só depois de continuar com as festas e ver que não conseguem abafar o caso. São transparentes as prioridades de vcs”, diz um dos comentários feitos na postagem.

“Acho q deveriam se preocupar mais com a segurança, como deixaram espancar uma pessoa em frente a boate e ninguem fez nada pra evitar, enquanto dinheiro for mais importante q a vida infelizmente veremos mais cenas assim em porta de boates !!”, afirma outro.

Investigações

Ainda na sexta-feira, a Polícia Civil (PC) prendeu em flagrante dois soldados da Polícia Militar (PM) suspeitos de envolvimento na morte de Cristiano Guimarães. Um terceiro envolvido já foi identificado.

A dupla detida afirmou que os desentendimentos com a vítima tiveram início por causa de um balde de bebidas, em um camarote no interior da boate. Do lado de fora, começaram as agressões físicas.

Segundo a PC, na confusão, um dos militares deixou cair a arma, registrada na PM. Logo após o crime, ela foi encontrada por uma pessoa que estava no local e acionou a polícia.

Nota de esclarecimento

É com indignação e pesar que lamentamos profundamente o acontecido na madrugada de sexta-feira em nossa cidade. É inaceitável que ainda tenhamos de nos sujeitar à selvageria e ao desrespeito à vida humana. Repudiamos a violência e temos convicção de não haver qualquer justificativa para atos de tamanha brutalidade. Solidários ao sofrimento da família do jovem Cristiano Guimarães, estamos comprometidos em ajudar nas investigações da Polícia para a devida punição dos responsáveis.

Atendendo as perguntas que nos chegam, tornamos público os esclarecimentos feitos à Polícia ainda na sexta-feira e que não foram divulgados antes para não atrapalhar as investigações:
A Havanna oferece uma opção de entretenimento aos moradores de Contagem e região, mantendo quadro fixo de seguranças devidamente registrados, além de outras medidas de segurança, como câmeras (que foram decisivas para a Polícia identificar os suspeitos), detectores de metais, duplo procedimento de revista física, entre outros procedimentos.

Como mostram as imagens das câmeras do nosso circuito interno, Cristiano saiu da boate sozinho e caminhando normalmente.

Na hora do ocorrido nos arredores da boate, havia um porteiro do lado de fora. Assim que ele notou a briga, solicitou reforço imediatamente. A agressão foi rápida, durou cerca de 20 segundos. Assim que os seguranças chegaram ao local da briga, os três agressores já haviam fugido. Foram prestados os primeiros socorros em menos de 2 minutos e solicitada a assistência médica.

Além disso, não há qualquer registro de que a briga tenha se iniciado no interior da boate, como comprovam as imagens repassadas à Polícia. Também não há qualquer relação profissional dos suspeitos com a Havanna.

Clube Havanna
 
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