Após sucessivos protestos dos servidores públicos de Contagem nos últimos meses, líderes dos movimentos que buscam melhores condições de trabalho e reposição das perdas salariais reuniram-se com vereadores.
Trabalhadores da saúde, professores e estudantes conseguiram ser ouvidos por todos os parlamentares e exigir uma intermediação. Segundo os servidores, o governo se recusa a negociar e diz que não pode fazer nada pelo efetivo das duas categorias.
Os vereadores ouviram as reclamações e as reivindicações. Alguns fizeram sugestões e todos se comprometeram a ajudar nas negociações por meio das comissões internas da Saúde e da Educação.
Seguem os protestos
A reunião aconteceu no final da última sessão plenária, na terça-feira (3). Na quarta-feira (4), os servidores protestaram na Assembleia Legislativa de Minas Gerais com faixas e capazes. O Sindicato Único dos Trabalhadors da Saúde de Contagem (Sind-Saúde Contagem) e o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação/subsede de Contagem (Sind-UTE Contagem) querem manter os deputados informados sobre o que acontece no município.
Os trabalhadores municipais da saúde seguem com as paralisações e os trabalhadores da educação informam que vão manter a greve que já dura mais de 30 dias.
Os líderes do movimento esclarecem que a greve é o último recurso do trabalhador "para reivindicar salários dignos, melhorias nas condições de trabalho e qualidade dos serviços públicos prestados a população".
Caos
“A saúde pública de Contagem está um caos, as unidades de saúde estão superlotadas, os funcionários não são suficientes para garantir um atendimento eficiente, os trabalhadores estão sobrecarregados e as condições de trabalho são inadequadas. Faltam materiais básicos, equipamentos e remédios para o atendimento aos usuários do SUS (Sistema Único de Saúde). Na verdade, Carlin Moura, transformou-se no pior prefeito da história de Contagem em se tratando de serviços públicos”, diz a diretora jurídica do Sind-Saúde, Rafaele Carvalho.
Recentemente os trabalhadores da saúde e da educação ocuparam a sede da Prefeitura de Contagem e lá permaneceram por 39 horas. Os servidores reclamam que foram agredidos pela Guarda Municipal e pela Polícia Militar, que usaram cassetete e spray de pimenta para impedir a entrada no prédio do governo municipal.
A presidência da Câmara Municipal também foi ocupada. Nas últimas reuniões plenárias, os protestos se intensificaram, e os gritos de ordem e apitos têm atrapalhado as votações.