Data de publicação: 06-07-2016 00:00:00

Preço do abacate cai 13% em junho na comparação com 2015

B&D Contabilidade
Foto: Verlan Andrade/CeasaMinas

O preço médio do quilo do abacate ficou 13% mais barato do que o registrado no mesmo mês do ano passado no atacado da Central de Abastecimento de Minas Gerais (CeasaMinas). 

Já a quantidade ofertada foi de 767 toneladas no primeiro semestre deste ano, 15,7% a mais do que nos seis meses iniciais de 2015.

O movimento favorável aos consumidores tem beneficiado, também, os produtores, que recebem demanda de outros estados, como os do Nordeste do Brasil. 

De acordo com a CeasaMinas, o clima foi um dos fatores que influenciou o aumento da oferta e a consequente queda do preço do abacate no mercado. Em 2014, a estiagem prejudicou o período de floração para a colheita de 2015. 

Retração no confronto mensal

Na comparação de junho com maio deste ano, no entanto, o volume ofertado caiu 16%, embora o produto esteja em plena safra. 

De acordo com o produtor Geraldo Majela Salgueiro, de Itaverava, na região Central de Minas, essa redução justifica-se pela maior destinação da fruta para venda direta no campo, principalmente para compradores de municípios do Nordeste.

“Se não fosse a venda direta no campo, hoje a caixa de 18 kg de abacate estaria sendo vendida a R$ 5 no atacado do MLP (Mercado Livre do Produtor), o que prejudicaria o produtor”, avalia Salgueiro. 

O preço médio da caixa no atacado em junho de 2016 ficou em torno de R$ 30.

Benefícios são atrativos

Para o produtor, a divulgação dos benefícios da fruta à saúde ajudou a incrementar as vendas nos últimos dois anos. “Depois que divulgaram na TV que o abacate faz bem, sacolões que compravam antes duas caixas por vez, hoje levam 15”, diz.

A professora do Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Rita de Cássia Ribeiro confirma que o abacate seja um aliado nutricional. 

“Ao analisarmos a composição do abacate, observa-se uma quantidade muito boa de fibras alimentares e uma baixa quantidade de gorduras saturadas, o que é muito positivo”, explica.

Conforme a Tabela Brasileira de Composição de Alimentos, a cada 100g da parte comestível do abacate há 96 kcal; 1,2g de proteínas; 8,4g de gorduras; 6g de carboidratos e 6,3g de fibras alimentares. 

“Desses 8,4g de gorduras apenas 2,3g são saturadas. Como qualquer produto de origem vegetal não tem colesterol”, afirma Rita.

Mitos

O abacate sempre levou fama de ser uma fruta que engorda. Segundo Rita, esse mito está relacionado ao teor de gordura, que realmente é maior do que muitas outras frutas. 

“Entretanto, a obesidade está relacionada a um conjunto de hábitos alimentares e de saúde inadequados, e por isso não se deve atribuir a apenas um alimento a causa do problema”.
 
A professora também explica que o abacate não é indigesto. Na realidade, o seu teor de gorduras torna o processo digestivo mais lento, o que pode trazer mais saciedade após o consumo.
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