Foto: Robson Rodrigues
Os cidadãos brasileiros tardiamente acordaram e perceberam que podem e devem responsabilizar os governos pelas obras mal feitas, pelas ações desastrosas dos agentes de segurança pública e pelas demais trapalhadas governamentais.
Recentemente um viaduto enorme caiu, matou pessoas, colocou em risco várias famílias e moradias. Muito triste e, até o momento, o que vemos é o jogo de empurra que todos conhecem. Irresponsáveis ocultos tem um monte, mas os responsáveis pela tragédia ainda não apareceram.
Os prejudicados já entraram na justiça exigindo reparações dos danos e reivindicando indenizações, mais que justo. Mas o que todos devem saber é que os valores das indenizações não vão sair dos cobres das empreiteiras e nem do bolso do prefeito Marcio Lacerda.
Vão demorar, mas as indenizações vão sair dos bolsos dos cidadãos, pra variar. O nosso rico dinheirinho que paga os altos impostos também pagam pelas incompetências dos governantes. Fatos que colocam os brasileiros cada vez mais pobres e os políticos cada vez mais ricos.
Todos os dias se ouvem notícias de maus policiais que atiram em pessoas indiscriminadamente, matam, roubam, estupram, aterrorizam os cidadãos de bem e continuam protegidos pelo corporativismo.
Vivemos uma guerra urbana e o que resta aos familiares das vítimas é entrar na justiça contra os autores e o governo. Mas novamente fica a pergunta: Quem paga o pato? Quem paga as indenizações e quem custeia os maus policiais nas cadeias?
Tudo cai nas costas dos trabalhadores que tem descontado em folha o Imposto de Renda que chega a 30% e ainda tem que pagar a maior carga tributária ao comprar qualquer produto, até a cesta básica. Alimentos, medicamentos, materiais escolares, água, luz, telefone, em tudo está embutidos os impostos extorsivos, que segundo os economistas, chegam a 50%.
Em época de campanhas eleitorais os candidatos levantam a bandeira da reforma tributária, mas depois que passa as eleições, tudo é esquecido em nome das mordomias da classe política que está quebrando o Brasil.
Trabalhamos seis meses do ano para pagar impostos. Em contra partida os governos continuam a queimar o nosso dinheiro em seus projetos pessoais. Se os governos controlassem os gastos e economizassem excluindo os funcionários fantasmas, com certeza teríamos uma economia mais saudável.
Mas o que vemos são obras mal feitas, superfaturadas e viadutos caindo. Já nas ruas a tortura continua. A polícia intimida, aterroriza, bate, mata gente de bem.
A justiça também é lenta e ineficiente, mas um dia chega o momento de pagar as indenizações. Nada sai dos bolsos dos responsáveis e novamente pergunto: “Quem paga o pato”? Respondo: “Somos nós, otários pagadores de impostos”. “Até quando?” Fica aí uma pergunta sem resposta. Nos resta é votar em candidatos com fichas realmente limpas.
Robson Rodrigues
Jornalista - Editor
