Foto: Reprodução/Facebook

Nesta sexta-feira (15), às 16h, na Praça ABC (esquina das avenidas Getúlio Vargas e Afonso Pena), em Belo Horizonte, vai ser realizada uma manifestação em protesto pela morte do estudante Cristiano Guimarães Nascimento, de 22 anos, brutalmente assassinado na porta do Clube Havanna, em Contagem, na madrugada do último dia 8.

Amigos e familiares reivindicam justiça pela morte do jovem, que teve o envolvimento de dois policiais militares, presos temporariamente, e de um terceiro suspeito. Os manifestantes pedem que os participantes usem roupas brancas durante a caminhada.

Anna Clara Palmeira, de 21 anos, que considera a vítima como um irmão, é uma das organizadoras da manifestação e pede justiça pelo assassinato de Nascimento. “O Cris era um cara da paz. Somos nós, família e amigos, que estamos organizando a manifestação por justiça", contou.

“Queremos impedir que outros ‘Cristianos’ morram da mesma maneira. Queremos a puniçao de todos os envolvidos, tanto os que agiram quanto os que foram omissos, além da expulsão dos soldados da PM”, completou Anna.

Sem chance de defesa

De acordo com o advogado do pai da vítima, Walter Neri, as imagens da casa noturna mostram as agressões ao jovem a partir da saída da boate, o que, segundo ele, indica que o tumulto teve início dentro do estabelecimento e acabou do lado de fora, de forma trágica.

“Cristiano sai da boate e um dos suspeitos tenta ir atrás, mas é contido por um segurança, até que pague a conta. Os dois policiais e o outro suspeito pagam e correm atrás do Cristiano e dos amigos dele. É quando a vítima é atingida por um dos soldados. Ele cai no chão e o militar chuta o pescoço dele, e depois o mata com um pisão na cabeça”, relatou. 

“Esse policial é o maior deles e disse, em depoimento, que luta artes marciais. O Cristiano não teve nenhuma chance”, completou Neri.


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