Data de publicação: 16-01-2020 16:14:00

Morre mais uma vítima da síndrome nefroneural

Jornal Diário de Contagem On-Line
Foto: Internet/Reprodução
 
Agência Brasil
 
A Polícia Civil de Minas Gerais confirmou, nesta quinta-feira (16), a terceira morte associada à síndrome neufroneural atribuída ao consumo da cerveja Belorizontina, da Backer. Segundo a corporação, trata-se de um homem de 89 anos, morador da capital mineira. Ele estava internado em uma das unidades da rede de saúde Mater Dei, a mesma rede onde morreu, na última quarta-feira (15), a segunda vítima da síndrome.
 
O corpo da mais recente vítima fatal da síndrome foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) na madrugada, onde será submetido a novos exames para auxiliar as autoridades a tentarem estabelecer a causa da morte. O laudo deve ficar pronto em até 30 dias.
 
A suspeita de uma quarta morte causada pela ingestão da cerveja ainda não foi confirmada pela Polícia Civil nem pela Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais. Trata-se de uma moradora de Pompéu, a cerca de 170 quilômetros de Belo Horizonte. De acordo com a Secretaria de Saúde do município, a mulher morreu em 28 de dezembro, e o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs-MG) já foi notificado.
 
A secretaria informou, ainda, que a mulher, cujo nome não foi divulgado, esteve em Belo Horizonte entre os dias 15 e 21 de dezembro e, de acordo com parentes, consumiu a cerveja Belorizontina nesse período.
 
Mortes
 
A primeira das três mortes por intoxicação já reconhecidas pela Polícia Civil foi registrada na noite de 7 de janeiro, em Juiz de Fora. Exames a que a vítima foi submetida antes de morrer confirmaram a presença de dietilenoglicol no sangue. O homem, cujo nome e idade não foram oficialmente confirmados, foi sepultado em Ubá.
 
Todos os pacientes internados devido à síndrome nefroneural apresentaram insuficiência renal aguda de evolução rápida, ou seja, que levou a pessoa a ser internada em até 72 horas após o surgimento dos primeiros sintomas, e alterações neurológicas centrais e periféricas, que podem ter provocado paralisia facial, embaçamento ou perda da visão, alteração sensório, paralisia, entre outros sintomas.
 
Peritos já encontraram vestígios de uma substância tóxica usada em sistemas de refrigeração devido às propriedades anticongelantes (o dietilenoglicol) no sangue de vários pacientes, em vasilhames lacrados de três lotes da cerveja Belorizontina e na linha de produção da fábrica da Backer, em Belo Horizonte. A cervejaria, no entanto, afirma que não emprega a substância tóxica na preparação da bebida.
 
Até quarta-feira passada, a Polícia Civil já tinha recebido notificações de 18 casos suspeitos, e em quatro a intoxicação por dietilenoglicol foi atestada. Preventivamente, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento determinou que a Backer retirasse de circulação todas as cervejas e chopes produzidos desde outubro do ano passado até o último dia 13. A suspensão da venda se manterá até que fique assegurado que os outros produtos da cervejaria não estão contaminados. “A medida é para preservar a saúde dos consumidores”, informou o ministério em nota.
 
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