Foto: Internet/Reprodução

 
Quatro familiares de vítimas de intoxicação por dietilenoglicol foram ouvidos na 4ª Delegacia de Polícia Civil Barreiro, no bairro Estoril, região Oeste de Belo Horizonte, nesta segunda-feira (20). Entre eles, o da única vítima fatal com confirmação da síndrome nefroneural.
 
Segundo a corporação, os depoimentos vão ajudar na elucidação dos acontecimentos que antecederam a intoxicação. Ainda nesta semana, outras pessoas devem ser ouvidas.
 
O delegado que preside o inquérito, Flávio Grossi, encaminhou à Justiça um pedido de exumação do corpo da mulher que morreu em 28 de dezembro em Pompéu, na região Central de Minas Gerais. A suspeita é de que essa tenha sido a primeira morte em decorrência da doença, mas a presença da substância tóxica na cerveja Belorizontina ainda não tinha sido descoberta, na época.
 
Investigações
 
Também nesta segunda-feira, outras equipes da Polícia Civil estiveram na fábrica da Backer para tirarem dúvidas sobre o processo de fabricação da bebida, e novas amostras foram coletadas no local.
 
“Insta ressaltar que a empresa cooperou com os trabalhos, como tem sido desde o início das investigações”, informou a corporação.
 
Já as amostras coletadas na semana passada na cervejaria e na empresa responsável por fornecer o monoetilenoglicol ainda estão sendo analisadas por peritos do Instituto de Criminalística e não há previsão para a conclusão dos laudos.
 
Novas vítimas
 
A Polícia Civil ressalta ainda que quem tiver ingerido a bebida contaminada e sentir-se prejudicado deve procurar qualquer unidade policial para registrar um boletim de ocorrência. A queixa será apurada e poderá ser incluída no inquérito policial.
 
Até o momento, 21 casos de síndrome nefroneural foram notificados no Estado, sendo quatro deles confirmados por exames laboratoriais (incluindo o de uma vítima fatal).
 
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