Data de publicação: 22-01-2020 15:44:00 - Última alteração: 27-01-2020 13:37:58

Anvisa orienta vigilâncias a fiscalizarem interdição da Backer

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
 
Agência Brasil
 
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) orientou, por meio de comunicado emitido na última terça-feira (21), que as vigilâncias sanitárias de todo o país cumpram a determinação de recolhimento e interdição de cervejas da marca Backer, fiscalizando o comércio.
 
Até agora, a Anvisa determinou o recolhimento total de quatro lotes produzidos pela Cervejaria Três Lobos, dona da marca Backer. Tais lotes testaram positivo para a contaminação com a substância tóxica dietilenoglicol e abrangem cervejas com os rótulos Belorizontina e Capixaba.
 
Na semana passada, a Anvisa interditou preventivamente também todos os lotes de todos os rótulos da Backer que tenham vencimento igual ou posterior a 20 de agosto. Tais produtos podem permanecer nos estoques do comércio, mas devem ser retirados das prateleiras e não podem ser entregues ao consumidor. A interdição dura no mínimo 90 dias, tempo que a cervejaria tem para tentar comprovar a segurança do consumo das bebidas.
 
A medida de interdição de todos os produtos da Backer foi tomada após exames feitos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) identificarem a presença de substâncias tóxicas em mais 11 lotes da cervejaria, que trazem diferentes rótulos na garrafa.
 
Até o momento, segundo o Mapa, dez produtos da cervejaria testaram positivo para substâncias tóxicas: Belorizontina, Capixaba, Capitão Senra, Pele Vermelha, Fargo 46, Backer Pilsen, Brown, Backer D2, Corleone e Backer Trigo. Por ora, as análises realizadas pelos laboratórios federais de Defesa Agropecuária constataram 32 lotes contaminados.
 
Óbitos
 
O dietilenoglicol é uma substância tóxica que não pode entrar em contato com alimentos e bebidas. A presença da substância na cerveja está associada à ocorrência de óbitos e intoxicações em Minas Gerais.
 
Na quinta-feira (16), a Secretaria de Saúde de Minas Gerais confirmou a quarta morte suspeita por ingestão de dietilenoglicol. A vítima é uma mulher que morreu no dia 28 de dezembro em Pompéu, na região Central do Estado.
 
A primeira das quatro mortes por intoxicação já reconhecidas pela Polícia Civil foi registrada na noite de 7 de janeiro, em Juiz de Fora, na Zona da Mata. Exames a que a vítima foi submetida antes de morrer confirmaram a presença do contaminante no sangue. O homem foi sepultado em Ubá, na mesma região.
 
Todos os pacientes internados devido à síndrome nefroneural apresentaram insuficiência renal aguda de evolução rápida, ou seja, que levou a pessoa a ser internada em até 72 horas após o surgimento dos primeiros sintomas, e alterações neurológicas centrais e periféricas, que podem ter provocado paralisia facial, embaçamento ou perda da visão, alteração sensória, paralisia, entre outros sintomas.
 
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